Ads (728x90)

Pesquisar este blog

Divulgação
Em um universo onde tablets e celulares dominam a atenção dos jovens, a Escola Estadual Arlindo Bittencourt, em São Carlos, busca despertar o gosto dos estudantes por uma atividade que anda esquecida por grande parte deles: a leitura. A escola criou um espaço diferente da tradicional biblioteca, agora transformada em sala de leitura.

“A finalidade é que ela vire uma sala de aula com acervo. Os professores desenvolvem projetos com os alunos aqui e o espaço também fica aberto durante o intervalo. Além dos livros, a escola tem assinaturas de jornais e revistas, e o aluno pode aproveitar para se informar durante as janelas entre as aulas”, explica a responsável pela sala de leitura, a professora Cíntia Helena Martins Arruda.

Para chamar a atenção dos estudantes, ela e a professora Cláudia Aparecida Gomes, que também ajuda a cuidar do espaço, criaram um mural com sugestões de leitura, os livros mais lidos e também os nomes do professor e do aluno campeões em empréstimos no mês. “Escolhemos um local estratégico para colocá-lo, acima do bebedouro. Assim, todo mundo acaba vendo e pode se interessar”, conta Cíntia.

As salas de leitura são um projeto da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo criado em 2009. Na escola Arlindo Bittencourt, o espaço recebeu o nome da coordenadora de projetos do Instituto de Estudos Avançados Polo São Carlos da USP, profª Yvonne Primerano Mascarenhas. A cerimônia de inauguração foi realizada no final de abril e contou com a participação de vários alunos do ensino fundamental e médio, que leram poesias e trechos de livros e também fizeram uma apresentação musical para homenagear a docente.

“Escolhemos o nome da professora Yvonne porque ela é um exemplo de vida para todos, e mais do que palavras, precisamos de exemplos para nossos alunos”, disse a diretora da escola Maria das Graças de Mendonça Tranzo durante o evento.

Projetos

Segundo Cíntia, a estimativa é de que cerca de 700 alunos frequentam o espaço por mês. Ela citou vários projetos que já foram realizados na sala, com temas como cordel e reciclagem de papel, e outros que estão sendo desenvolvidos este ano.

“Há um grupo que vai ensaiar teatro de fantoches durante as férias e também um grupo de meninas que está estudando o livro ‘Navio Negreiro’, de Castro Alves, para fazer uma leitura para a escola”.

A professora conta ainda que a sala dispõe de uma espécie de mala da leitura, uma estante móvel que circula por todas as classes. “Todo mês, escolhemos um gênero literário e enchemos a mala com livros daquele gênero. Pode ser crônicas, poesia, suspense… Este último, por exemplo, os alunos adoram”, afirma ela.

Para o segundo semestre, Cíntia e Cláudia vão colocar em prática uma iniciativa diferente, que busca integrar toda a família. “Os estudantes vão poder levar para casa a ‘Sacola da Leitura’, que terá um jornal, uma revista, um gibi e dois livros. A ideia é que a família se reúna em torno dessa sacola para ler. O pai pode ler o jornal, a mãe pode ler uma revista… Também há um caderno em que o responsável da família deve fazer anotações sobre como foi essa atividade”, explica Cíntia.

Reportagem: Thaís Cardoso, Ciência Web

Postar um comentário